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quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

ONDE RESIDE O SUBJETIVO EM NÓS

           O que nós chamamos de subjetivo, na verdade, é uma característica dos seres vivos tão objetiva quanto o mover de um braço. Pela imensidão de atributos confiados ao cérebro, acho que ele jamais poderia ser o depositário de tantas atitudes conscientes e inconscientes dos seres vivos. Desta forma, é melhor ampliarmos o nosso “locus” armazenador de tantas funções do corpo: memória, sentimentos, intuição e tantos outros itens, afora as subdivisões em imagens, sons, cheiros, dureza tornariam a massa cinzenta “preta”!
            Assim, é melhor que o nosso grande chefe, o cérebro, fique apenas com os atalhos de cada um dos eventos do corpo; e, cada componente físico do ser, armazene ou faça acontecer não só os dotes físicos, mas também as características denominadas de subjetivas. Não estamos aqui querendo convencer alguém a adotar essa nossa hipótese, estamos, apenas, desejando que nossos leitores olhem o conhecido por outros ângulos, e, esse olhar novo leve a pesquisa para outros campos, diferentes daqueles que nos ensinaram, e que precisam de reformulações de seus modelos. Quando todos pensam da mesma maneira, por acomodação ou para não provocar decepções em relação ao antes aprendido, os conhecimentos não florescem para o novo: são pensares clonados que não medram.
            O cérebro, guardando apenas os atalhos de suas funções, antes imaginadas ali, e interligando-as através das sinapses, terá um rendimento muito maior, devido à fonte das funções estarem mais próximas dos resultados requeridos. Com esse modelo, podemos dizer que o subjetivo do ser está espalhado pelo corpo e o cérebro simplesmente detona a energia residente no local da função. O amar, por exemplo, é um dote complexo que comunga com vários segmentos da vida do corpo e sobre ele se põe. Todo o corpo estremece para o amar: a lividez da face, os gestos impulsivos e as retrações finais. Os pensamentos, a ansiedade e os comandos para o afeto respondem ao subjetivo que conduz a todas as realizações de união dos corpos.
            Distribuindo o imponderável em todo o corpo, não negaremos a subjetividade a qualquer cultura, mas valorizaremos cada célula onde quer que ela esteja construindo o subjetivo.

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