AS MAIS LIDAS DA SEMANA

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quarta-feira, 29 de outubro de 2014

VOTAR NÃO É BATER PALMAS

               O processo das eleições no Brasil deixa muito a desejar. O povo vota para garantir o direito cidadão e não com o intuito de eleger uma pessoa para ocupar um cargo que exercerá a gestão  dos fazeres públicos. O apoio a candidatos restringe-se à semelhança que eles tenham com o militante. Ninguém pensa na possibilidade de ele ganhar nas eleições e vota mesmo sabendo que aquele político não tem a menor chance de ser eleito – ou por falta de popularidade ou por outros motivos quaisquer. Assim, pulverizam-se votos e tornam-se elegíveis candidatos que querem se perpetuar no poder, mantendo os mesmos mal feitos do governo anterior. O poder econômico dos candidatos à reeleição torna a litigância pelos votos dos candidatos oposicionistas uma luta inglória. Mais uma vez a vaidade da escolha pessoal por simpatia ou por trocas de favores ganha para o bom senso.  Bata palmas para o que você mais simpatiza, mas vote no que tem chance de ganhar! A eleição não é um processo momentâneo de servir a nossa vaidade, mas sim um processo cujo resultado poderá prejudicar o nosso dia a dia por quatro ou oito anos.
            Assim, vamos dar os nossos votos ao candidato que tenha maior popularidade no momento (pesquisa) e ative mais ainda a mudança com o voto útil, pois só assim é que se faz a alternância do poder que traduz a verdadeira democracia. Não vamos eleger alguém, devemos sim votar contra tudo de errado que vem do poder continuado de um mesmo grupo, quando for o caso.
            A vaidade e os interesses pessoais estão sempre ganhando para uma análise fria de como as pessoas estão agindo no poder. Tudo dito é analisado de forma simplista, sem observar as outras vertentes que se escondem nas palavras fáceis de convencer os menos avisados. O Estado, a imprensa e outros setores têm o poder da credibilidade, tão decantada no passado, que ainda hoje respinga confiança no povão. Essa credibilidade que não emana da verdade, mas sim da hipocrisia do poder, infelizmente ganha terreno em nosso país. Só a educação grandiosa que fazem as verdadeiras escolas superiores do nosso Brasil terão as condições necessárias para edificarem mentes capazes de construir um novo pensamento apto em separar as “boas intensões” de nossos políticos das verdadeiras pretensões dos mesmos. Ninguém tem competência para mudar da noite para o dia, cultura e caráter têm raízes e elas são muito fortes! Foram os investimentos nestes aspectos particulares que fizeram as pessoas como elas são. Logo, devemos analisar a conduta delas no tempo e não sermos enganados por promessas frívolas de épocas de eleições.

domingo, 19 de outubro de 2014

VOCÊ NÃO CONSEGUE ESCOLHER BEM PORQUE SE APAIXONA!

            Para se fazer uma boa escolha, o sucesso maior está na comparação. Falamos de uma escolha que garanta uma satisfação duradoura com o escolhido. É natural que a falta de opção muitas vezes deixe você sem o direito de comparar para escolher; assim, devemos, antes de qualquer processo de escalação, pesquisar todos os detalhes que envolvem os “objetos litigantes” para depois partir para uma escolha, que, só desta forma, será gloriosa.
            Assim, como em qualquer processo que você participa com sua opinião, o caudal de informações adquiridas deve ter origem sadia e você, isenção de influências de terceiros. A princípio, seguindo-se essas duas diretrizes, parece absoluta a certeza de uma boa escolha em qualquer campo. A não influência de terceiros valoriza sua fala que acontece como sua e não clonada, que perde a riqueza da diversidade.
            O cérebro humano vive em busca de satisfazer seu senhor, o corpo por inteiro; e, nessa ânsia, muitas vezes produz um mal maior em troca de satisfações limitadas e efêmeras. Seu time está jogando e seu cérebro a cada minuto aumenta sua emoção e prazer enviando adrenalina para a corrente sanguínea, deixando-o bastante excitado. Uma emoção maior chega sem jeito e lá vem o enfarte! Diz-se: “morreu de graça”! Mas, quem matou esse torcedor?
            O cérebro? A adrenalina? O futebol? Não, a paixão. Infelizmente se vive apaixonado a cada momento, por filmes, por futebol, por teatro, por serviço bem feito, por cumprimento de ordens dadas, pela cara metade, e assim vão a cada minuto surgindo os aborrecimentos desgastantes que sufocam, que desgastam, que envelhecem! Aborrecimentos por contrariarem ou impedirem esses quereres. O pior é que dificilmente se controlam essas paixões.
            Assim chegamos ao título do artigo. Para uma boa escolha o mais importante não são as diretrizes citadas de início, mas a isenção de paixão. Não adianta você estar bem informado e não seguir sugestões de ninguém se você está apaixonado! A sua paixão pode desviar você da melhor escolha. Dessa forma, tenha certeza de que as suas escolhas estão livres das influências de suas paixões. Neste momento, apaixone-se por sua escolha, e viva bem!



quarta-feira, 15 de outubro de 2014

NINGUÉM ESCOLHE SER GAY

            Cada dia que passa mais aumenta a ignorância do povo em geral, no que concerne a conhecer o significado da individualidade dos seres vivos. Individualidade quer dizer que cada ser é único, mas possuem pontos comuns que são destacados por bandos que são denominados pela característica comum ao grupo. Os baixos, os magros, os anões, os negros, os amarelos, os homossexuais, as mulheres, os deficientes físicos, os cegos, os agnósticos, os cantores, os artistas plásticos, etc. - só para citar possíveis grupos. Mas dentro desses possíveis grupos existem diversos subgrupos que são rotulados também e assim por adiante até chegar-se ao indivíduo que destoa em cada célula de todos os sete bilhões de semelhantes seus que habitam o planeta Terra. Assim, João é um surdo, branco, de cabelos castanhos, homossexual, de estatura média, religioso, etc., e é um ser único em suas atitudes, pensamentos, etc. Todas as características pertencem a grupos e subgrupos até a individualidade expressa pela digital.
            Por que os humanos não entendem assim? É muito simples. Apesar de se falar tanto em espírito e mente ninguém identifica as diferenças cerebrais existentes. A grande maioria que pensa tão parecido uns com os outros, influenciados por lideranças que ignoram essas razões postas acima, radicalizam a incompatibilidade de seu grupo com outros. “Foi um erro genético, o nanismo, o Down, o autista”, tudo para dizerem que são diferentes e não pertencem a esse grupo que “dá medo”, por ser minoria. Lésbicas e gays são pervertidos ou desvirtuados, simplesmente porque não querem que sejam humanos assemelhados, mas essa classificação é propagada pelos covardes e inseguros.
            A imprensa elege e dita as normas dizendo: foi a escolha sexual, etc., como se a própria natureza não definisse as pessoas como elas são. O pior é que os próprios homossexuais aprovam essa fala. Não se definirem como um indivíduo que tem uma mente desencontrada de seu corpo, objeto da procriação, ou seja: uma mente feminina num corpo masculino ou uma mente masculina num corpo feminino! Até Centros LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transexuais)  se constituem para cada dia aumentar a distância entre os humanos que sempre se identificarão pela inteligência, pelo amor universal e pela individualidade irrestrita. Ninguém está, todos nós somos como gerados!


domingo, 5 de outubro de 2014

A VAIDADE VERSUS A POSTURA

           Voltando aos meus trinta anos, ensinando na UFPE a cadeira de Física, recordo de uma manhã quando, no início da minha preleção, entrou na sala de aula um rapaz, de camisa aberta ao peito, pés com “havaianas” (não tão famosas como hoje), vestindo um calção curto com aberturas laterais, que, de forma natural, pegou três cronômetros que estavam sobre o armário de materiais didáticos. Sem compreender a atitude daquele jovem perguntei de forma discreta: – para onde vai com os cronômetros? E o intruso respondeu: “vou dar aula na sala ao lado”! Está bem, respondi.
            Esse fato me causou espécie pelos trajes que vestia o professor. Apesar de sabermos que “o hábito não faz o monge”, digo: mas ajuda. A forma de se apresentar em cada evento deve sempre demonstrar para os participantes que você se valoriza e ainda que tem atenção para com os convivas, mostrando-se bem cuidado. Não esqueça que ninguém ama a decadência! Isso não é vaidade, mas postura. O respeito cidadão.
            Certa vez um engenheiro que era síndico do edifício no qual morava chama a atenção de um funcionário que o chamou de Sr. Paulo dizendo que ele devia chamá-lo de Dr. Paulo. No próximo encontro o esquecimento do título custou a demissão do colaborador. Conheço professores que não admitem seus alunos, nos dias de hoje, usarem trajes populares com chinelos ou equivalentes nos horários de aula. Ainda, professores exigindo seu título como prenome, expurgando a grande rubrica de professor.  “Eu sou um mestre (ou livre docente,  cientista, doutor, etc.), não sou apenas professor”! Esses “Dr. Paulo”, “professores” e “mestre” são bastante vaidosos. Título: PROFESSOR, é o bastante e tudo, não pode jamais ser superado!
            Como resultado desses comentários, aprendemos que a postura é uma forma de se diferenciar do comum e popular. Não é exigindo comportamento das pessoas de forma inadequada a elas que conseguiremos nos impor dentro dos nossos poderes e saberes. Aí está o velho adágio “o hábito não faz o monge”, muitas vezes as condições culturais ou financeiras não permitem ao “faltoso” a postura ideal para ocorrer de forma esperada. Portanto, zero para a vaidade!