AS MAIS LIDAS DA SEMANA

AS MAIS LIDAS DA SEMANA
AS MAIS LIDAS DA SEMANA

terça-feira, 25 de março de 2014

AVALANCHE DE PRECONCEITOS


             Infelizmente, a cada dia, o preconceito, por ignorância, tem feito vítimas fatais, pessoas jovens, assim como pais e mães de família em todo o mundo. Particularmente no Brasil, país ainda dominado pela ignorância científica e do pensar, esse fato tem sido destaque. A grande negação da sociedade acerca da diversidade dos seres humanos tem construído o caos em mentes humanas que atinge, inclusive, pessoas jovens com todo fulgor da vida que ainda estar para acontecer.
            O câncer, mal avassalador que testemunha o pouco progresso da medicina no mundo, existindo há mais de um século sem cura, faz vítimas a cada momento sem dizer por que aconteceu. Uma análise dos casos de câncer sem motivo aparente, fisiológico, aponta para o imponderável como motivo gerador desse mal infeliz. Uma agressão aos princípios éticos e sociais impostos pela própria sociedade ao cérebro, ainda em formação, traz as vis consequências, muitas vezes, por toda uma vida.
            A homossexualidade e o hermafroditismo, como diversidade dos seres; a gravidez de solteiras, a AIDS e a droga, como males adquiridos; quando acontecem em algum membro da família são capazes de detonar o cérebro de qualquer outro familiar próximo, fazendo-o desenvolver um câncer no órgão ou víscera mais vulnerável de seu corpo. Nada de novo existe “abaixo do céu”, tudo é normal porque tudo existe. Temos que abominar a hipocrisia social que diz “tudo nos outros é normal, mas para os meus, não!”. Lembramos o grande pensamento “às vezes acontece conosco o que pensamos só acontecer com as outras pessoas!”, e não se desespere jamais. Já perdi uma filha (24) de acidente e uma irmã (22) com câncer no abdome e essa frase me conteve com naturalidade.
            Assim escrevo para salvar outras vidas que ainda se arraigam aos princípios sórdidos sociais, os preconceitos, que de forma egoísta traz tantos ceifares de vidas. Não quero ouvir mais “sei que dessa não escapo” com a sobriedade que pertence aos justos, ou “e tudo que eu queria realizar? E os meus sonhos, quem os sonhará?”. Tudo isso é muito duro de  escutar independentemente da proximidade maior ou menor dessa flor que desabrocha para a vida e teve que conviver com essa dor que transcende a todas as fronteiras da maturidade e preparo psicológico, por mais que se tenha. Cada milagre do existir foi posto para o prazer e o gozo, infelizmente os homens, com seus radicalismos, para com os seus semelhantes, ferem o novo, o diferente como se eles fossem os donos das verdades sombrias que esperam a evolução dos viventes para cristalizarem a verdade que só pertence aos que creem na razão de ser!  

sábado, 22 de março de 2014

FAIXA DE FOGO


               Quando, no trânsito, um ruído de alerta atinge as nossas orelhas, ficamos à procura do veículo que disparou a sirene pedindo passagem para ele. Uma ambulância que busca socorrer uma pessoa ou a leva para um atendimento de urgência médica; uma viatura dos bombeiros que segue célere para cuidar de um incêndio, de uma avalanche, de uma pessoa ou um grupo que necessita de auxílio, ou mesmo de um animal que caiu em um bueiro ou vala e agoniza sem cuidado; uma viatura policial que garantirá a segurança ou evitará um confronto onde não haverá vencedores, também poderá estar pedindo passagem.
            Todos os corredores de tráfego deveriam ter uma faixa preferencial para esses veículos. Nos EEUU, essa faixa é denominada de FIRE. Ela pode ser utilizada por qualquer veículo, mas, no caso de surgir a sirene de alerta, todos os autos, que ali estão, afastam-se, deixando a faixa franca. Nos Estados Unidos, ela é central de forma que os carros possam se evadir para a direita ou para a esquerda, deixando a faixa FIRE livre. Isso funciona há muitos anos e bem.
            Aqui, no Brasil, criou-se a faixa para ônibus e possivelmente para bicicletas. Em São Paulo, surgiu com direito a multa e pontos na carteira para quem utilizá-la sem ter esse direito. Já que a época é de criar faixas, que o Sul comece a inventar a faixa FIRE, pois como o brasileiro gosta de estrangeirismo, ela será bem-vinda. O grande problema que surgirá é a construção de mais uma faixa de rolamento nas vias públicas, porque claro que o governo não vai deixar de cobrar uma multa para quem circular na mesma sem ter um veículo autorizado. Assim, com esse enxame de faixas exclusivas, não vão sobrar pistas de rolamento para a sociedade em geral, que paga seus impostos e deve ter o direito de ir e vir.
            O interessante disso tudo é o fato de se ter que lembrar ao governo as coisas que são práticas e utilizadas em outros países. Principalmente aquelas que não dependem do nível social ou regional do lugar. Muitas vezes, são imitados feitos de outros países que não têm nada a ver com a nossa sociologia, clima ou desenvolvimento. Como exemplo de péssima imitação, temos a nacionalização de exames como o ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio) em um país cujo desenvolvimento não é uniforme, prejudicando as regiões mais pobres que perdem as vagas das escolas superiores federais de sua cidade, que são tomadas por alunos das regiões mais ricas. Em países desenvolvidos, a avaliação nacional com parâmetro único é possível, pois existe um ensino básico que é equivalente em todo o país, porque elas são estatais, garantidas por currículos nacionais, gerenciados pelo governo em cada ponto do país.


domingo, 16 de março de 2014

NADA COMEÇA PELO FIM


         
        Já escrevemos, várias vezes, sobre importações descabidas do Governo e instituições brasileiras. Ele, achando  que as medidas adotadas por outros países ou mesmo equipamentos modernos lá utilizados se adéquam às nossas necessidades culturais, adota "esses estrangeiros" de forma inconsequente.
            Isso já aconteceu com a adoção do Sistema de Crédito pelas universidades com outros objetivos e a TV a cabo e telefonia celular, entregues a grupos irresponsáveis que vendem o que não produzem ou projetam, falhando em potência e distribuição de sinal, etc. Dessa forma sofrem os usuários com os famosos "fora do ar, procurando o satélite" e tantos outros jargões tentando  iludir os cidadãos brasileiros.
            Agora, com o lema “Quando as ideias se encontram”, o ano “Alemanha + Brasil 2013-2014, foi iniciado em maio de 2013, indo até maio de 2014,”. Em consonância com essa parceria estratégica entre as nações, a HUMUS e a ANACEU realizarão o III Seminário Internacional em Gestão Universitária, no período de 27 de setembro a 06 de outubro, na Alemanha e na Suíça, proporcionando a gestores de IES brasileiras o conhecimento e a visitação a renomadas instituições de ensino desses países. Apesar desses conhecimentos, como todos, dar novas visões para esses gestores melhorarem o desempenho de suas IES, não se deve confundir esse novo ver com a adoção daquelas práticas de imediato, aqui, no Brasil.
            Toda mudança requer além de uma base de conhecimentos, mais, e principalmente, um lastro cultural, dos costumes e da própria forma de ser das pessoas que se envolverão nessa alteração. O apoio do Governo que deve dar o maior incentivo aos protagonistas das novas ideias, que surgirão, não deve faltar! A análise do tecido social lá existente e sua preexistência devem contar para que o novo formato de educar dê certo. Adolescentes, que nunca tiveram limites em casa, chegam para o nível superior como vitoriosos por uma conquista (entrar no ensino superior) que pouco significado tem nos países desenvolvidos com escolas para todos e, ainda mais, escolas essas, mesmo as privadas, que têm o apoio e a ajuda do Estado e da sociedade!
            Todos esses detalhes atendidos, ainda restam aspectos subjetivos pouco observados num Seminário limitado em tempo, que não conduz a um amadurecimento necessário. Com os pés no chão aproveitaremos esse evento. Com a visão do imediatismo, não atingiremos objetivamente o encanto da proposta - “melhorar a gestão das nossas IES”.

domingo, 9 de março de 2014

A SUPERPROTEÇÃO LEVA À INCOMPETÊNCIA


     A cada dia, causa-nos espécie, como nossos representantes, na Câmara e no Senado, agem na formatação de Leis sem cabimento, por não conhecerem o que desejariam atingir e pura ignorância de regras ou legislação pertinentes com seus projetos. É o caso do deputado Mandetta (DEM-MS), cujo projeto de lei obriga as IES (Instituições de Ensino Superior) a garantirem vagas de estágio para os seus alunos sempre que o currículo exigir estágio obrigatório.
Segundo o autor do projeto, as IES exigem estágio, mas deixam para os estudantes a tarefa de conseguir uma vaga. E continua dizendo que isso demonstra o descompromisso das instituições em garantir a complementação da formação de seus alunos.
    Na verdade, quem exige o estágio curricular não é a IES nem tão pouco o currículo específico da escola, mas sim as diretrizes do Curso, definidas pelo Ministério da Educação. No caso, todas as escolas têm que exigir esse estágio, e não, uma em particular. O compromisso da instituição de ensino é manter convênio com diversas instituições e empresas que dispõem de um dado número de vagas nos seus diversos setores ou segmentos.
    Tudo isso é divulgado e o aluno tem que ir atrás, de conformidade com suas conveniências em termos de localização e setor de estágio que lhe convier. A imposição ao aluno de estagiar em um local determinado pela IES seria um cerceamento da liberdade deste. Possivelmente a falta de interesse do aluno vai levá-lo a não conseguir uma vaga para cumprir seu estágio curricular, temos que ensinar o aluno “a pescar e não apenas dar o peixe”.
    Aproveitamos a ocasião, para comentar também a complementação curricular que ocorre quando da frequência às atividades complementares. Essas ocorrências complementares são obrigatórias e devem acontecer como usanças extraclasse e inquiridas pelos alunos. A instituição pode criar atividades extraclasse nesse sentido, mas não tem a obrigação de complementar toda a carga horária exigida no cumprimento desse evento.
    É bom lembrar que a IES não deve simplesmente formar mentes com especificidades para uma dada área do conhecimento humano, mas, principalmente, uma mente criadora e cidadã que, na prática, tem que correr atrás dos objetivos que levam as pessoas ao sucesso. A superproteção leva o estudante à inércia e à espera do que fazer, tornando suas obrigações as obrigações de terceiros que, nem sempre, terão o tempo ou o acolhimento para contemplar as necessidades daqueles que não buscam a dinâmica que a vida exige. Assim, não se devem criar projetos de lei que venham a aumentar ainda mais a presença de prepotentes e incompetentes no poder.