AS MAIS LIDAS DA SEMANA

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quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

A SUPERAÇÃO

Costuma-se isolar mente/corpo como se existissem, em cada ser, dois viveres paralelos, isto é, como se as duas entidades sobrevivessem independentemente. Esse é um grande equívoco. Não é possível o fenecer de um sem o cair do outro. Podemos observar que uma pessoa quando sofre de um mal mental, de logo, a queda facial dar esse demonstrativo, apontando o evento. Por outro lado, um mal físico traz de imediato uma resposta da psique que atua demonstrando um desânimo ou uma excitação de conformidade com as características do fenótipo da pessoa.
A conclusão a que se chega é de que os elementos do binômio mente/corpo caminham sempre de mãos dadas. É graças a essa dualidade vital que se consegue a superação através de trabalhos que atuam em cada um deles, o salvaguardar do outro.
O tratamento das sequelas produzidas por isquemias, que destruíram células do cérebro, começa por exercícios físicos que venham a excitar os complexos cerebrais capazes de levar células pouco ativas a uma multiplicidade de funções capazes de substituir aquelas mortas. É o corpo tornando possíveis sinapses mentais que voltarão a enriquecer a psique.
Paralelamente, um acidente que provoca dano corporal exige um acompanhamento psicológico que leve a uma luta mental em busca de uma recuperação física que depende da força de vontade, do querer e do entusiasmo, do acidentado. É o cérebro levando o corpo a uma recuperação mais rápida e eficaz que trará a desenvoltura física almejada.
A consciência desses saberes tem tornado vitoriosos muitos deficientes físicos. O querer superar as suas limitações, mudando o que pode e aceitando o que não pode mudar, tem dado felicidade e oportunizado evoluções inimagináveis.
A relação entre pessoas é comandada, de início, por uma atração física. O vestir bem e o sorriso franco são condições que provocam o querer estar junto após um primeiro encontro. Enquanto a afinidade corporal é desenvolvida, o encantamento subjetivo começa a desenvolver-se de forma assustadora. A atração física inicial agora é substituída por uma vontade de se pertencer cerebralmente.
O “amor cego”, tão decantado, começa a surgir em substituição àquele pragmático e carnal. É a mente construindo o prazer que não fenece através dos tempos! É a psique capaz de fazer nascer todo encantamento necessário ao bom relacionamento a dois. Amam-se cérebros e não corpos!
É essa capacidade mental que faz a substituição de membros faltosos ou deficitários por outros que começam, então, a assumirem novas tarefas junto as suas costumeiras. Pernas e pés substituindo braços, braços e mãos substituindo pernas e pés, e cérebros “substituindo” pernas e braços!
Na verdade, o uso de nossos membros e sentidos pode acontecer exercendo funções iguais à grande maioria das pessoas, ou, de repente, podem ser usados de forma diferenciada, como acontece no “canhoto” com a substituição das funções direita/esquerda.
Adaptando-se sempre ao novo, para si, o deficiente físico tem conquistado, a cada dia, um espaço maior nas atividades humanas, demonstrando que, através do cérebro, a superação é sempre possível e capaz de levá-lo ao sucesso.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

A MENTIRA DO BEM QUERER

A cada momento, a sociedade busca novos horizontes com o objetivo de gerar mais empregos ou ganhos, não trabalho, e, na maioria das vezes, de forma inconsequente. Não sei se por sabedoria ou ignorância a formatação desses novos sempre beneficia seus gestores e dificilmente contempla o objeto fim. Vejamos alguns exemplos:
As delegacias da mulher, que poderiam ser um departamento de todas as delegacias, são investimentos exclusivos, quando uma delegada, em cada delegacia, poderia suprir a necessidade do atendimento. Assim, os casos se multiplicam graças à vaidade humana, pois as mulheres querem então utilizar esse novo espaço para se vangloriarem da superproteção.
Os estatutos da criança, do adolescente, do idoso, etc. criam uma diferença entre os humanos, fazendo exacerbar nos contemplados, com os “créditos especiais”, a prepotência e o desrespeito às autoridades, aos educadores e a todos aqueles que lhes dão os limites justos e necessários, pois estão carentes de melhor entendimento do tecido social.
Podemos citar ainda o nível de exceção que se dar aos deficientes, aos negros e a outros que, por serem diferentes, pouco são preparados pelo poder público para engajar-se dentro do mercado de trabalho e recebem um “cala boca” através de leis que enfiam, de goela a dentro, nas empresas, pessoas mal preparadas e estigmatizadas pela sociedade.
Que falar dessas verdades? Os grandes feitos da mulher como ser forte e inteligente deveriam invadir a mente da sociedade e banir, de uma vez por todas, essa falsa ideia da mulher como ser frágil e oprimido que simplesmente incentiva os maus caracteres a agressões cada vez mais sem cabimento. Que a vaidade dos homens não chegue para prejudicar seus pares.
Mimar aqueles carentes de disciplinamento e conhecimento do mundo que os cerca é uma malvadeza terrível. Amanhã amargarão as tristes consequências desse despreparo sem limites. E a sociedade produtora pagará por isso. Professores desrespeitados e mortos, pais, cônjuges e outros agredidos gratuitamente, consequência da homenagem ao “tudo posso” do id que não teve a censura do superego!
Criar leis protecionistas e não oportunizar a evolução técnica e científica da diversidade humana é, infelizmente, o mau costume dos que ostentam o poder. As consequências serão, cada vez mais, desastrosas e as soluções egoístas dos que as criaram, um dia se revoltarão contra os próprios criadores. A irresponsabilidade dos algozes terá o castigo como fruto do gozo inconsequente de hoje.
Métodos novos de educar sem limites jamais perdoarão seus autores. Vamos lutar para que a sensatez atinja os cérebros burocráticos que vaidosamente vivem a disseminar ideias que só cabem na cabeça daqueles que não têm compromisso com o desenvolver da sociedade do amanhã!

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

NINGUÉM AMA A DECADÊNCIA. PARA ELA, TOLERÂNCIA ZERO

Muitas vezes, não entendemos por que as calçadas estão sempre sujas com objetos descartáveis, restos de comidas, sacos vazios, etc. Também é de se espantar o número enorme de pessoas que sonegam impostos, desrespeitam autoridades e atentam contra os bens públicos como banheiros, praças, e outros.
Afinal, qual o grande motivo para essas atitudes? A resposta é muito simples. Ninguém ama a decadência! E tudo que está em plena decadência deve ser usurpado, transgredido, desprezado e agredido até o seu final. É esse o comportamento humano junto ao deplorável.
As cidades que sempre cuidam de seus logradouros possuem ruas limpas, calçadas cuidadas e seus habitantes dão exemplo, aos forasteiros, acerca da limpeza, que aflora do comportamento cidadão e invade as mentes de todos transeuntes. Assim não se joga lixo nas ruas e valoriza-se cada lugar, cada esquina.
Calçadas esburacadas com árvores plantadas à flor do solo, criando rachaduras e impossibilitando o livre acesso de cadeirantes, idosos e crianças, são repudiadas e caracterizam-se como “um lixo”! Os transeuntes acrescentam, então, lixo ao lixo. Como mudar esse comportamento de maus modos? Fazendo a conservação das vias públicas, inclusive das calçadas.
Os prefeitos dirão que a calçada é responsabilidade dos proprietários dos prédios servidos por ela, no entanto, pergunto: Quanto baixou o imposto predial e o acessório após a lei que determinou essa mudança de gestão das calçadas? Nada. O Governo Municipal pelo menos deve ser responsável pela violência causada pelas árvores que, plantadas pela prefeitura sem a menor técnica, dilapidam o bem de investimento privado, a calçada.
Outros comportamentos, aparentemente equivocados, também são consequências do estar a apodrecer os bons conceitos. Governos corruptos, policiais e juízes inescrupulosos fazem soar junto à população o descrédito às autoridades públicas. Os critérios de credibilidade que aludem ao respeito às funções que premiam a justiça, a ordem e o bem público, caem por terra a cada notícia de falcatruas exercidas pelos nossos dirigentes públicos.
As piadas agressivas e chacotas com os detentores do poder invadem os lares através dos meios de divulgação e levam o povo ao desrespeito aos seus dirigentes. Sem hierarquia vem o caos, a violência o aviltamento das normas que garantem o direito e a liberdade. São invasões a propriedades privadas, com saques, assassinatos e violência, os resultados do comportamento de terceira categoria daqueles que detém o poder.
Ninguém ama a decadência, repito. Uma forma de destruí-la é depredá-la até a morte, que não chega, mas cresce. A roupa não faz o monge, mas imprime sobriedade, arrumação, respeito a si mesmo que redunda no respeito de terceiros. Assim, apresentar-se barbeado ou com os cabelos arrumados e trajes limpos e bem cuidados, induzirá o respeito a si, que se valoriza.
Tudo que está por fazer é interminável, pois ninguém gosta de refazer, prefere o fazer de novo. Sendo assim, devemos ter tolerância zero com o descuidado. Não podemos deixar que a apresentação nefasta de um evento leve o povo a uma violência ainda maior sobre ele. A cada mostra de descuido, devemos sanar de imediato a ferida para evitar a depredação física ou mental.
Assim conclamamos quem pode fazer a evitar a aparência decadente de seus cuidados. Você economizará muito mais quando não permitir amanhecer a ferida da noite passada. O que, a princípio, pareceu falha desprezível, jamais passará pela observação implacável de nossa sociedade perversa, que cuidará em aumentar o dano observado com o desprezo ao seu pertencer.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

A EXACERBADA PAIXÃO PELOS RESTOS SOCIAIS

Sabemos que é verdade que as novelas, os filmes, as minisséries e o próprio teatro apresentam histórias que têm toda semelhança com fatos acontecidos em nossa ou outras sociedades. Nenhum grupo social vive apenas com alegrias e festas. Não poucas vezes, ocorrem os tsunamis na vida física e real assim como na imaginação, em consequência de atropelos e apelos do próprio viver.
As encenações em seus diversos modos têm como motivo principal ocupar a mente dos espectadores, levando uma mensagem de vida. Mostram um acontecer assemelhado à vida real, em um drama fantasioso, que invade o espírito dos aficionados pela arte cênica, assim como do público em geral, transmitindo-lhes uma mensagem positiva.
Acontece, no entanto, que alguns autores por si próprios ou por conveniência de seus patrocinadores, exacerbam em um determinado viés de suas histórias, sem dar tréguas a outras facetas tão verdadeiras no cotidiano.
Assassinatos, perversidades, dissimulações, traições, trapaças, soberba e tudo o mais que se possa imaginar de ruim desfilam na paisagem do conto sem algum momento de alegria, bondade e sinceridade. Até o nascer, que significa renovar-se, é acompanhado de tristeza como se quisesse dizer “esse bem tem que ser acompanhado por um mal”!
E lá se vão cem capítulos só com o triunfo do mal. Não queremos por um pouco de açúcar na realidade social, estamos afirmando que os bons momentos existem e devem ser muito mais cultuados do que os ruins! De repente, surge uma felicidade posta na personagem mais violentada da estória, porém essa personagem que encontrou a felicidade é a mais traída e perseguida durante todo o conto. Perseguida pelos que lhe querem bem e tentam desvendar os seus olhos para a visão real de sua pseudofelicidade.
As drogas, a internet em suas facetas perniciosas e o caos desfilam junto às personagens como em busca da divulgação maior dos tormentos que afligem a maior parte de nossos grupos sociais. As paixões são carregadas de incertezas e traições como se quisessem afirmar que o todo está perdido. As trapaças, as falsificações e as discórdias fazem cenário em um ambiente que não admite paz, harmonia, felicidade e alegrias duradouras.
Morrem os atores do bem deixando um vazio nas necessidades de justiça dos que assistem diariamente a esse drama. Chega o ocaso da história e os vilões continuam vitoriosos, sempre difundindo a apologia ao mal sem fim. Onde estão as lições sociais?
Não faz sentido, na última etapa do conto, vir à tona o triunfo do bem. E os que não tiveram a oportunidade desse desfecho? Nenhum respeito à contemplação do saudável acontece até então. A repulsa da sociedade por contos exacerbados de derrotas deve transparecer mais cedo ou mais tarde.
Que aqui fique o alerta àqueles que esquecem o verdadeiro papel do entretenimento e cospem na cara dos espectadores o nojo da sociedade impune! As paixões não são todas desastrosas, eis o caminho.